sexta-feira, 5 de junho de 2015

Multidão celebra Corpus Christi em Pará de Minas. Veja imagens e vídeo

Multidão celebra Corpus Christi em Pará de Minas. Veja imagens e vídeo

sábado, 23 de maio de 2015

"Festa de Pentecostes: o nascimento da Igreja"_

A festa de Pentecostes, celebra a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos, reunidos em Jerusalém, 50 dias após a Páscoa. Estavam presentes os Apóstolos, a Mãe de Jesus, e um bom número de outros, conforme o livro dos Atos. A manifestação extraordinária do Espírito Santo era esperada, mesmo porque sua ordinária presença é uma realidade para aqueles que crêem. Na ressurreição, o Senhor já o comunicara: Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, àqueles a quem não perdoardes serão retidos. (Jo20,19-23) 
O Espírito Santo é força de unificação como expressa Sao Paulo aos Coríntios: Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. (ICor.12,3). Após Pentecostes, os Apóstolos saem anunciando Jesus Cristo como Filho de Deus feito homem que fora assassinado pelo poder constituído, ressuscitara, estava vivo e não podia mais morrer. A informação bíblica diz que a pregação era tão convincente que cada um, mesmo estrangeiro, os entedia em sua própria língua. 
É a linguagem unificadora do amor autêntico, aquele que vem de Deus. Com o Pentecostes, nasce propriamente a Igreja fundada por Cristo. O Senhor já havia previsto isto aos discípulos, quando, ressuscitado, sentou-se com eles à mesa mais uma vez e disse: recebereis o Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judéia e na Samaria e até as extremidades da terra. (At.1,8) "Sem o Espírito Santo não se pode ser cristão." (Papa Francisco) 

Pentecoste. Quem é o Espírito Santo?_

Mas quem é o Espírito Santo? No Credo professamos com fé: “Creio no Espírito Santo, que é Senhor e nos dá a vida.” A primeira verdade a qual aderimos no Credo é que o Espírito Santo é Senhor. Isto significa que Ele é verdadeiramente Deus, como são o Pai e o Filho, objeto, de nossa parte, do mesmo ato de adoração e glorificação que elevamos ao Pai e ao Filho. O Espírito Santo, de fato, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é o grande dom do Cristo ressuscitado que abre as nossas mentes e nossos corações à fé em Jesus como Filho enviado pelo Pai, que nos leva à amizade, à comunhão com Deus.

Mas eu quero focar no fato de que o Espírito Santo é a fonte inesgotável da vida de Deus em nós. O homem é como um viajante que, atravessando os desertos da vida, tem sede de água viva, abundante e fresca, capaz de saciar seu profundo desejo de luz, de amor, de beleza e paz. Todos nós sentimos esse desejo! E Jesus nos dá essa água viva, o Espírito Santo que procede do Pai e que Jesus derrama em nossos corações. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, Jesus nos diz (Jo 10,10). Este é o dom precioso que o Espírito Santo coloca em nossos corações: a própria vida de Deus, vida de verdadeiros filhos, uma relação de confiança, liberdade, confiança no amor e na misericórdia de Deus. 
O Espírito Santo nos ensina a olhar com os olhos de Cristo, a viver a vida como Ele viveu, a entender a vida como Ele entendeu. É por isso que a água viva, que é Espírito Santo, sacia a nossa vida, porque nos diz que somos amados por Deus como filhos, que podemos amar Deus como filhos e que por sua graça podemos viver como filhos de Deus, como Jesus. 
Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, que Ele nos fale ao coração e nos diga isto: que Deus é amor, que Deus nos espera, que Deus é Pai, que nos ama como um verdadeiro Pai, nos ama verdadeiramente e isso somente o Espirito Santo nos diz ao coração. Sintamos o Espírito Santo, escutamos o Espírito Santo. •
(Papa Francisco 08/05/13) #Pentecostes 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A importância da ação de graças após a Comunhão.

1427662_57297177A Igreja nos ensina que após receber a Sagrada Hóstia, Presença real de Jesus: corpo, sangue, alma e divindade; Ele está substancialmente presente em nós até que nosso organismo consuma as espécies do trigo; isto pode levar cerca de 15 minutos. Depois disso, Jesus passa a estar em nossa alma pela ação do Espírito Santo e de Sua graça.
O grande São Pedro Julião Eymard, em seu livro FLORES DA EUCARISTIA (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs 131-135), nos ensina a importância da Ação de Graças. Transcrevo aqui alguns de seus ensinamentos para a sua meditação:
“O momento mais solene de vossa vida é o da Ação de Graças, em que possuis o Rei da Terra de do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes”.
“A Ação de Graças é de imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso.”
“Nosso Senhor permanece pouco tempo em nossos corações, após a Santa Comunhão, porém os efeitos de Sua Presença se prolongam. As santas espécies são como que um invólucro, o qual se rompe e desaparece para que o remédio produza seus salutares efeitos no organismo. A alma se torna então como um vaso que recebeu um perfume precioso.”
“Consagrai à Ação de Graças meia hora se for possível, ou, pelo menos, um rigoroso quarto de hora (15 minutos). Dareis prova de não ter coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Comunhão, se, após haver recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis agradecer.”
“Deixai, se quiserdes, que a Santa Hóstia permaneça um momento sobre a vossa língua a fim de que Jesus, verdade e santidade, a purifique e santifique. Introduza-a depois em vosso peito, no trono do vosso coração, e, adorando em silêncio, começai a Ação de Graças” (pg. 131).cpa_segredo_da_sagrada_eucaristia
“Adorai Jesus sobre o trono de vosso coração, apoiando-vos sobre o Dele, ardente de amor. Exaltai-Lhe o poder… proclamai-o Senhor vosso, confessai–vos ser feliz servo, disposto a tudo para Lhe dar prazer.”
“Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos testemunhou, e o muito que vos deu nesta Comunhão! Louvai a Sua bondade e o seu amor para convosco, que sois tão pobre, tão imperfeito, tão infiel! Convidai os anjos, os santos, a Imaculada Mãe de Deus para louvá-Lo e agradecer-Lhe por vós. Uni-vos às ações de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.”
“Agradeçamos por meio de Maria, pois quando um filho pequeno recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele. A Ação de Graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.”
“Na Ação de Graças de Comunhão, chorai os vossos pecados aos pés de Jesus com Madalena (Jo 12,3), prometei-lhe fidelidade e amor, fazei-Lhe o sacrifício de vossas ações desregradas, de vossa tibieza, de vossa indolência em empreender o que vos custa. Pedi-Lhe a graça de não mais O ofender, professar-Lhe que preferis a morte ao pecado.”
“Pedi tudo o que quiserdes; é o momento da graça, e Jesus está disposto a vos dar o próprio Reino. É um prazer que Lhe proporcionamos, oferecer-Lhe ocasião de distribuir seus benefícios.”
“Pedi-lhe o reinado da santidade em vós, em vossos irmãos, e que a sua caridade abrase todos os corações.”
cpa_como_comungarNa Ação de Graças podemos e devemos orar pela Igreja, pelas necessidades, intenções e saúde do Papa e de nossos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, coordenadores de comunidades, missionários, catequistas, vocações sacerdotais e religiosas, etc.
É o momento privilegiado para pedir a Jesus, pelo Seu Sacrifício, o sufrágio das almas do Purgatório (dizendo-Lhe os nomes), de pedir por cada pessoa de nossa família e de todos os que se recomendaram às nossas orações e por todos aqueles por quem somos mais obrigados a rezar. E supliquemos a Jesus todas as graças necessárias para podermos cumprir bem a missão que Ele nos deu nesse mundo, seja familiar, profissional ou apostólica. É também o momento de nossa cura interior, pelo Sangue de Jesus.
Não nos esqueçamos nunca do que Ele disse: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira” (Jo 15, 1-6). É melhor não Comungar do que Comungar mal.
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

EM TEMPO QUARESMAL

FORMAÇÃO
EM TEMPO QUARESMAL a Igreja faz prescrever algumas observações acerca do decorrer destes 40 dias.
1. Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores; o toque de instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o domingo Laetare (4º domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
2. A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa (IGMR n.308f). Vale ressaltar que a cor da toalha do altar permanece branca, tendo em vista que nenhuma prescrição litúrgica é dada quanto a mudança da mesma.
3. Em todas as Missas e Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
4. Nas solenidades e festas somente, como ainda em celebrações especiais diz-se o Te Deum e o Glória, mas jamais o "Aleluia", como temos podido observar em alguns locais, que por acharem-se num Ofício festivo creem que podem entoná-lo.
5. As memórias que ocorrem neste tempo podem ser celebradas como facultativas (cf. Anotações Gerais 2.4). Não são permitidas missas votivas, sejam elas quais forem, mesmo para o Padroeiro local.
6. Na celebração do Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial; mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasiada pompa. Conviria, ainda, que por motivo de sobriedade, as celebrações matrimoniais não fossem marcadas para este tempo. Contudo, essa decisão compete ao Ordinário local.
7. Toma-se, a partir de hoje, o volume II da Liturgia das Horas.
Com fonte do Diretório Litúrgico e acréscimo nosso.
© Créditos da imagem reservados.
Sua Santidade o Papa Francisco impõe a cinza a um prelado durante a Celebração da Quarta-feira de Cinzas de 2013, na Basílica de Santa Sabina no monte Aventino
.

As cinzas desta Quarta-feira...

Hoje a Igreja, Povo de Deus do Novo Testamento, inicia seu caminho para a maior de todas as festas cristãs, a Santa Páscoa. O rito das cinzas marca o início deste caminho.
Qual o seu significado?
Recebermos as cinzas numa Missa penitencial, cujas leituras nos recordam que somos pecadores e necessitamos da paciência misericordiosa e do perdão do Senhor; as orações da sagrada Liturgia de hoje suplicam ao Senhor que acolha nosso jejum e abstinência como gesto de boa vontade e humilde reconhecimento de nossa fraqueza.
Assim, as cinzas têm um caráter penitencial. Recebemo-las com os seguintes sentimentos:
(1) Reconhecemos que, apesar de cristãos renovados em Cristo pelo Batismo, temos em nós ainda a experiência do pecado, das infidelidades grandes e pequenas do dia-a-dia. Reconhecemos que somos convertidos e necessitados de contínua conversão. Reconhecemos também que temos nossos vícios, isto é, nossas más tendências que precisam ser continuamente combatidas.
(2) Por isso mesmo, recebemos as cinzas, que na Escritura têm o sentido de humilhação, dor, reconhecimento da própria miséria, luto. Com isto queremos dizer que reconhecemos nosso pecado e desejamos entrar no caminho quaresmal de combate espiritual, que nos conduzirá a uma renovada vivência do nosso compromisso de batizados. Utilizando as armas do combate espiritual, a oração, a penitência e a esmola, poderemos abrir o coração para o Pai, como Jesus, cheio do Espírito Santo. Então, celebraremos na verdade a Santa Páscoa e renovaremos na sagrada Vigília Pascal as promessas do nosso Batismo.
Portanto, com um espírito contrito, humilhado e cheio de confiança no Senhor, recebamos as cinzas, lembrando-nos das duas exortações que a Igreja faz:
“Lembra-te que és pó e ao pó hás de tornar!” Ou seja: a vida não é tua; tu vieste do pó, de lá foste retirado por Deus. Tu deverás viver diante de Deus e um dia a Ele prestarás conta da tua vida! Vive na amizade obediente para com o Senhor teu Deus para que tua vida não termine no pó, no vazio do nada!
E a segunda exortação: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Em outras palavras: muda de vida! Crê de verdade nesta Boa Notícia: em Jesus, Deus tira-te do pó para te dar a glória de uma vida nova neste mundo e por toda a eternidade!
(Dom Henrique Soares da Costa - Bispo Titular da Diocese de Palmares - PE)

sábado, 31 de janeiro de 2015

Oração para pedir a chuva.

Filhos, em nossas orações, peçamos pela Crise de falta d'água que nosso país vem enfrentando. Peçamos a CHUVA DE GRAÇAS de Deus sobre nós!
Oração para pedir a chuva
Deus, nosso Pai, Senhor do Céu e da Terra (Mt 11, 21)
Tu és para nós existência, energia e vida (Act 17, 2).
Criaste o homem à Tua imagem (Gn 1, 27-28)
a fim de que com o seu trabalho ele faça frutificar
as riquezas da terra
colaborando assim na Tua criação.
Temos consciência da nossa miséria e fraqueza:
nada podemos fazer sem Ti (Jo 15, 5)..
Tu, Pai bondoso, que sobre todos fazes brilhar o sol (Mt 5, 45)
e fazes cair a chuva,
tem compaixão de todos os que sofrem duramente
pela seca que nos ameaça nestes dias.
Escuta com bondade as orações que Te são dirigidas
com confiança pela Tua Igreja (Lc 4, 25),
como satisfizeste súplicas do profeta Elias (1Rs 17, 1)
que intercedia em favor do Teu povo (Tgo 5, 17-18).
Faz cair do céu sobre a terra árida
a chuva desejada
a fim de que renasçam os frutos (Tg 5, 18)
e sejam salvos homens e animais (Sl 35, 7).
Que a chuva seja para nós o sinal
da Tua graça e da Tua bênção:
assim, reconfortados pela Tua misericórdia (cf. Is 55, 10-11),
dar-te-emos graças por todos os dons da terra e do céu,
com os quais o Teu Espírito satisfaz a nossa sede (Jo 7, 37-38).
Por Jesus Cristo, Teu Filho,
que nos revelou o Teu amor,
fonte de água viva, que brota para a vida eterna (Jo 4, 14).
Amem.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Tema:“Fraternidade: Igreja e Sociedade” Lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)

Igreja e Sociedade - CF 2015
Ojetivos desta Campanha da Fraternidade:Objetivo geral da CF - 2015 CNBB

01 - Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus.
Objetivos específicos da CF - 2015 CNBB

01 - Fazer memória do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade, identificar e compreender os principais desafios da situação atual.

02 - Apresentar os valores espirituais do Reino de Deus e da doutrina Social da Igreja, como elementos autenticamente humanizastes.

03 - Identificar as questões desafiadoras na evangelização da sociedade e estabelecer parâmetros e indicadores para a ação pastoral.

04 - Aprofundar a compreensão da dignidade da pessoa, da integridade da criação, da cultura da paz, do espírito e do diálogo inter-religioso e intercultural, para superar as relações desumanas e violentas.

05 - Buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa, família e sociedade.

06 - Atuar profeticamente, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária.
 Fonte: www.portalkairos.net

Fonte: http://www.portalkairos.net/cf2015/default.asp#ixzz3QFpAmKHw

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Formação - Tempo do Advento.

Já iniciamos o tempo do Advento, tempo do Senhor que vem, tempo da graça. Este não é um tempo de penitência como a Quaresma e sim de espera. Esperamos Jesus, o Príncipe da Paz, Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte com nos diz Isaías (cf. Is 9, 5).

O tempo do Advento tem uma marca significativa, ele inicia um novo Ano Litúrgico que não é como o calendário que estamos acostumados, porque ele atualiza os efeitos no Cristo no hoje. Estamos em um tempo de começar de novo o processo de encontro com Jesus. É um recomeçar.

Nos dois primeiros domingos do Advento somos convidados a refletir o fim último do ser humano, estar com Deus. Esse é o sentido de toda a existência humana: voltar para o Criador. Na Teologia esse fim último é a segunda vinda de Jesus, a Parusia.

Isso mesmo, são duas vindas: a primeira foi em Belém, a do Cristo no presépio que é feito memória no terceiro e quarto domingos do Advento. Este é um tempo sábio, mais do que olhar para o Cristo que veio, é olhar para frente olhar para o Cristo que vem.

E nessa espera muitas vezes desanimamos e vendo pessoas injustas prosperarem, podemos nos perguntar: “será que vale a pena?” Nós temos em nosso coração essas perguntas, esses imediatismos. Mas aí encontramos a resposta na própria Palavra de Deus: vigiai (cf. Mc 13, 33-37), o tema do primeiro domingo do Advento.

E aqui, louvo a Deus por uma liturgia rica em sentido e significado. Na caminhada rumo a gruta de Belém, vamos iluminando o trajeto com a Coroa do Advento que tem uma vela acesa a cada domingo. A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história.

As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.

Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:

a primeira vela é do profeta;
a segunda vela é de Belém;
a terceira vela é dos pastores;
a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:

a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
a segunda é a vela da fé dos patriarcas que creem na promessa da Terra Prometida;
a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Rezemos para que tenhamos um santo e abençoado Advento:

Senhor Jesus, celebrar o teu Natal
é fazer da minha vida, da minha casa,
um lugar de eternidade e salvação.
Que a Tua luz brilhe em cada coração.
Acendendo cada vela desta coroa do Advento
queremos acender a esperança, o amor,
a fraternidade e a Salvação
que é o grande presente que queremos dar a todos
que amamos por intermédio do Menino Jesus,
que vai nascer em nossa família.

Amém



Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O Pai-Nosso de São Francisco de Assis.


Oh! Santíssimo Pai nosso: criador, redentor, consolador e salvador nosso.

Que estais no céu: nos anjos e nos santos; iluminando-os para o conhecimento, porque vós, Senhor, sois luz; inflamando-os para o amor, porque vós, Senhor, sois amor; habitando neles e preparando-os para a bem-aventurança, porque vós, Senhor, sois o sumo bem, eterno bem, do qual vem todo bem, sem o qual não há nenhum bem.

Santificado seja vosso nome: clarificada seja em nós vossa notícia, para que conheçamos qual é a grandeza de teus benefícios, a largura de tuas promessas, a sublimidade da majestade e a profundidade dos juízos.

Venha a nós vosso reino: para que vós reines em nós pela graça e nos faças chegar a teu reino, onde a visão de vós é manifesta, a presença de vós perfeita, a companhia de vossa bem-aventurança.

Faça-se tua vontade na terra como no céu: para que te amemos com todo o coração, pensando sempre em vós; com toda a alma, desejando sempre a vós; com toda a mente, dirigindo todas nossas intenções a vós, buscando em tudo tua honra; e com todas nossas forças, gastando todas nossas forças e os sentidos da alma e do corpo em serviço de teu amor e não em outra coisa; e para que amemos a nosso próximo como a nós mesmos, atraindo a todos a teu amor segundo nossas forças, alegrando nos do bem dos outros como do nosso e compadecendo em seus males e não dando a ninguém ocasião alguma de tropeço.

Dai-nos hoje nosso pão de cada dia: teu amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo: para memória e inteligência e reverencia do amor que teve por nós, e do que por nós disse, fez e padeceu.

Perdoai nossas ofensas: por tua misericórdia inefável, pela virtude da paixão de teu amado Filho e pelos méritos e intercessão da beatíssima Virgem e de todos teus eleitos.

Como também nós perdoamos aos que nos ofendem: e aqueles que não perdoamos plenamente, fazei vós, Senhor, que o perdoemos plenamente, para que, por vós, amemos verdadeiramente aos inimigos, e ante vós por eles devotamente intercedemos, não devolvendo a nada o mal por mal, e nos apliquemos a ser bondosos para todos em vós.

Não nos deixes cair na tentação: oculta ou manifesta, súbita ou importuna.

E livrai-nos do mal: passado, presente e futuro.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Papa Francisco 29 de setembro - dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Setembro: Mês da Bíblia.

Todo ano, no mês de setembro, a Igreja dá uma atenção singular à reflexão sobre a Palavra de Deus. Não que não o faça durante os outros meses do ano, mas que o faz de maneira singular neste mês para convidar os fiéis a um maior aprofundamento no estudo da Palavra de Deus, tendo como exemplo S. Jerônimo, de quem a Igreja faz memória no dia 30 de setembro. S. Jerônimo dedicou toda sua vida ao estudo para a tradução das Escrituras das línguas originais para a língua popular de sua época, o latim. Assim como fez S. Jerônimo, a Igreja procura levar os tesouros das Sagradas Escrituras ao povo.
A Bíblia é o conjunto de todos os livros inspirados do Antigo e do Novo Testamento. É a coleção completa de tudo o que foi escrito sob a inspiração do Espírito Santo.
A palavra bíblia vem do grego “biblós”, que significa livro. “Bíblia” vem a ser o plural da palavra “biblós”, isto é, “Livros”.
Quando dizemos que os livros Bíblicos são inspirados, na verdade, dizemos que Deus, através de seu Espírito Santo, inspirou os autores humanos (hagiógrafos) a escreverem e transmitirem também oralmente, aquilo que Ele quis. Contudo, respeitando o saber, a cultura, as limitações dos autores, assim como, a ciência da época. A Bíblia é um livro que contém verdades religiosas, não interessa revelar verdades científicas ou qualquer outro tipo de verdades que não sejam religiosas.
O Antigo Testamento (AT) abrange momentos literários a partir de 1300 até mais ou menos 50 a.C. O Novo testamento (NT) consiste em livros e cartas compostos no espaço de meio século, isto é, dos meados do século I d.C. até o início do século II d.C.
O Antigo Testamento é a Aliança de Deus com o povo judeu, e o Novo testamento é a Aliança de Deus selada pelo sangue de Jesus Cristo com a humanidade. Desse modo não é errado chamar o AT de Antiga Aliança e o NT de Nova Aliança.
Por ser Deus o autor da Bíblia, há nela uma admirável unidade, mesmo tendo os vários livros escritos em tempos, lugares e por pessoas diferentes. “Há uma linha de pensamento”, que vai da primeira página até a última: a vinda de Jesus.
E a Bíblia protestante? Que dizer?
A Bíblia protestante tem diferenças essenciais, no AT, da católica.
A Bíblia cristã tem 73 livros (46 do AT e 27 do NT) , mas a bíblia protestante tem 39 do AT e 27 do NT, isto é 66 livros.
A controvérsia sobre o cânon (lista) dos livros inspirados tem origem no judaísmo tardio:
No ano 100 d.C. os judeus reunidos em Jâmnia, fizeram uma espécie de concílio que visava “barrar” a entrada dos livros do NT na Bíblia hebraica. Então, para isso, estabeleceram critérios de inspiração assaz preconceituosos e arbitrários:
– Que os livros não tenham sido escritos fora da terra de Israel;
– Que não tenham sido escritos em outra língua que não seja hebraico – aramaica;
– Que não tenham sido escritos depois de Esdras e Neemias;
– Que não contrariem a Lei de Moisés.
Alguns livros bíblicos do AT não respeitam tais critérios, pois, de alguns só se tem cópias gregas e não mais os originais hebraicos, outros foram escritos depois de Esdras e Neemias, e outros foram escritos fora da terra de Israel. Os livros do NT, para eles, contradizem a Lei de Moisés, não foram escritos em hebraico e são de época posterior a Esdras e Neemias.
Por causa disso, foram rejeitados os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1 e 2 Macabeus e os capítulos 10-16 de Ester e 3.13 e 14 de Daniel.
Ora, os judeus de Alexandria, próspera comunidade judaica de cultura helênica (grega), além de terem traduzido os livros do AT para o grego, não seguiram os critérios preconceituosos do Concílio de Jâmnia.
É preciso dizer que os Apóstolos já haviam morrido quando houve o Concílio de Jâmnia, com exceção de São João que ainda estava vivo. Supõe-se, portanto, que eles utilizaram todos os livros bíblicos, até os que foram rejeitados pelo concílio de Jâmnia, como livros inspirados.
Vários Concílios Regionais se pronunciaram sobre o cânon Bíblico, afirmando que o cânon verdadeiro é o maior, utilizado até hoje pelos católicos. E o Concílio de Trento (séc. XVI) definiu dogmaticamente o cânon maior. O documento mais antigo que mostra a lista dos livros sagrados exatamente como está definido no Concílio de Trento, incluindo livros rejeitados pelos judeus e protestantes, é o Cânone de Muratori, do ano 200 d. C.
Os protestantes porém, querendo contestar a Igreja e o Concílio de Trento, aceitaram o cânon menor dos judeus de Jâmnia. Porém, Lutero, fundador do Protestantismo, colocou os livros que os judeus rejeitaram como apêndice de sua bíblia protestante. Os protestantes posteriores é que retiraram os livros.
Os livros bíblicos, porém, vieram depois da Tradição oral e fazem parte da Tradição. Quando falamos de Tradição, nos referimos à pregação oral e apostólica da Revelação e não a tradição humana que é mutável. A escrita veio depois, pois a arte de escrever no Oriente antigo era cara e rara. Ex.: os primeiros escritos do Antigo Testamento começaram a ser redigidos + ou - 500 anos após Abraão. E os primeiros escritos cristãos vieram mais ou menos 30 anos após a morte de Jesus. Logo, Tradição oral é a pregação da revelação divina, inspirada pelo Espírito Santo, vinda a nós pelos Apóstolos, conservada pela Igreja.
A Bíblia brota da Tradição e a completa. Logo, Bíblia e Tradição oral são inspiradas por Deus. Elas têm o mesmo valor. (cf. 2Tm 1,13; 3,16; 2,1-2; 2Ts 2,15; Jo 20,30; 21,25).
A Bíblia e a Tradição foram confiadas por Cristo a sua Igreja (cf. Lc 10,16). Portanto, só a Igreja pode interpretar legitimamente a Bíblia e não qualquer um, como alguns pensam (cf. 2Pd 1,20; 3,15-16; Mt 12,23-29; At 8,30-35). E é por cada um querer dar a sua interpretação que surgiram ao longo dos tempos as heresias e as várias seitas.
A Igreja quer que conheçamos mais a Palavra de Deus, a amemos, oremos com ela, a meditemos e a cumpramos em nossa vida.
Pe. Giovane Silva de Santana